Uruguai, mexeu e ganhou
- Darcio Ricca
- 26 de jun. de 2018
- 2 min de leitura

Uruguai renasceu seu melhor futebol justamente para provar que a dona da casa, a anfitriã Rússia, não havia enfrentado uma seleção de porte.
Independente do placar de 3 x 0, com 2 gols sacramentados no primeiro tempo, Uruguai teve mudanças significativas como postura, escalação e a atuação convincente da dupla Cavani e Suárez, de quem muito se esperava.
A começar pela escalação com a entrada, desde o início, do lateral-esquerdo Laxalt, tão exigida quanto cobrada de torcedores a imprensa. Tabárez demorou a fazer esta leitura, deslocando Cáceres para a direita.
O volante de bom passe Nández e o meia Torrera deram maior qualidade ao meio campo uruguaio, que saiu um pouco do conservador 4-4-2, para o reposicionamento do meia Betancur em conexão aos dois badalados atacantes.
Mudanças estas que, automaticamente, proporcionaram maior criação de jogadas – esta geração de jovens valores da Celeste – aos jogadores decisivos de ataque.
A naturalidade na mudança de postura dentro do jogo foi a consequência destas mudanças na estrutura tática e de opções renovadas, do melhor servir ao poder ofensivo, sem deixar de lado o bom posicionamento defensivo uruguaio.
Equilíbrio que fez com os uruguaios dominassem por completo a Rússia, pedindo licença e desculpas pelos danos à empolgação da torcida bolchevique.
O lateral Laxalt foi uma das peças-chave da vitória: participou diretamente do segundo gol e sofreu a falta que resultou na expulsão de Smolnikov.
Esta expulsão de Smolnikov no primeiro tempo, facilitou as ações ofensivas do Uruguai, que deixou o nervosismo talvez inicial com o adversário, em sua casa.
Adicionalmente a este problema, ao poupara seu melhor jogador, Golovin, a Rússia perdeu sua grande arma de ataque, os cruzamentos, lançamentos e bolas paradas de seu camisa 17. Fez muita falta!
Antes, um golaço de falta de Suárez, o que não isenta de culpa a péssima barreira russa na entrada da área formada por Akinfeev. Deixou espaço para o chute forte, quase rasteiro, no canto do goleiro, como se tivesse sido um pênalti.
23 minutos, escanteio de Torrera, Laxalt chuta de longe, desvia no russo e gol contra.
Domínio completo do Uruguai, que apostou em algumas bolas seguras no ataque, mas Cavani precisava desencantar e assim o fez.
Escanteio quando os russos colocavam a vassoura por detrás da porta a mandar embora os uruguaios. Eles, sem pedir desculpas, cabecearam com Godín no escanteio, Akinfeev deu rebote para Cavani marcar o terceiro e levar a maior fatia do bolo para casa.
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