top of page

Política e Futebol

  • Foto do escritor: Darcio Ricca
    Darcio Ricca
  • 22 de jun. de 2018
  • 2 min de leitura

Na primeira virada da Copa do Mundo 2018, com vitória da Suíça por 2 x 1 sobre a Sérvia, teve muita emoção: esportiva e política.


No campo de jogo, os suíços, logo no comecinho, saíram perdendo para os sérvios, em boa jogada de profundidade de Tadic que cruzou de forma perfeita para a potente conclusão do centroavante Mitrovic.


A Sérvia fazia marcação alta e por pressão aos suíços, que tinham dificuldade em sair para o jogo, nos primeiros 30 minutos.


Parecia que esta intensidade e volume sérvios resultariam em maior vantagem na primeira etapa, o que não aconteceu.


Primeiro porque os suíços gostam de ficar com a bola, diferente dos sérvios que apostam na execução pelas extremas, ampliado o campo para se beneficiarem de suas fortes jogadas de profundidade.


Os números finais não mentiram: 67 a 37 % de posse de bola suíça.


Uma arma suíça são sempre as bolas paradas (vide contra o Brasil) e, claro, os chutadores de longa distância, os finalizadores Xhaka e Shaqiri; justamente os responsáveis pela virada helvética no segundo tempo.


Retomado o equilíbrio suíço, num jogo de 30 faltas - a questão política envolvida já será abordada - a Suíça começou a construir o caminho desta virada tão significativa na busca de sua classificação para as oitavas.


Partida de superação suíça diante de uma seleção sérvia cheia de recursos técnicos e que foi muito superior na primeira etapa. A Sérvia poderia ter ampliado o placar e foi por pouco que isso não se concretizou.


Suíça se animou com golaço de Xhaka e equilibrou as ações, até pela tal motivação política que engrandeceu os suíços.


Dois golaços, Xhaka depois Shaqiri, este último de contra-ataque em velocidade, mais ao final da partida.


Gols que serão a razão e sensibilidade do fechamento desta coluna, no âmbito político.


Gols comemorados com um gesto com as mãos imitando uma ave. O símbolo representa a bandeira da Albânia.


Os albaneses, origem étnica dos suíços Xhaka e Shaqiri - são maioria no Kosovo — território no sudeste da Europa que busca reconhecimento internacional da independência justamente dos sérvios. Shaqiri nasceu no Kosovo!


Kosovo entrou em guerra com a então Iugoslávia (1998-1999). Os kosovares, de etnia albanesa, pediam independência. Mais de 10 mil pessoas morreram ou desapareceram.


Além disso, denúncia de que 200 mil mulheres tenham sido violentadas por soldados sérvios.


Brasileiros e russos, lamentavelmente, assim como a Sérvia, não reconheceram ainda a independência do Kosovo.


Vaiados pelos sérvios, principalmente o mais exaltado Xhaka, repetiu o gesto depois do gol de virada de Shaqiri.


Futebol e política devem se misturar, e muito, sempre!



Commenti


©2018 by Acréscimos.

bottom of page