top of page

Poderia, mas não foi

  • Foto do escritor: Victor Almeida
    Victor Almeida
  • 30 de jul. de 2018
  • 3 min de leitura

O ponta santista Rodrygo Goes | Foto: Reprodução Instagram @rodrygogoes

Nesta estreia no Acréscimos trago uma crônica não tão pontual, de fato. Está mais para um desabafo, uma análise como torcedor do Alvinegro praiano, do duelo disputado com o Flamengo, válido pela 15° Brasileirão 2018. Um jogo que poderia ser bem maior.


Santos e Flamengo se enfrentaram na quarta-feira (25), num duelo próximo à data que marcava aquele caloroso jogo de nove gols - um belo 5 a 4 -, no qual o Rubro-Negro saiu vitorioso - para a minha infelicidade.


Na quarta, em situações opostas, os times iam se enfrentar novamente e minha esperança era ver o Alvinegro praiano voltar a vencer neste campeonato. Afinal, o Santos iria jogar em casa e com duas vantage...ops! Dois desfalques e um favor: David Braz e Jean Mota não entrariam em campo, e Jair Ventura havia acabado de ser demitido.


Porém, logo no início do duelo, enquanto estava na saga, tentando acompanhar o jogo por alguma rádio, o APP do celular já anunciava: gol do Flamengo, aos 2 minutos. Naquele instante eu podia jurar que o Santos iria ter muito trabalho para encostar no placar.


2018 deixou a desejar


Por quê?

R- No belo jogo de 2011, tínhamos a promessa do futebol brasileiro do lado Santista (Neymar Jr.), e um gênio da bola pelo lado do Flamengo (Ronaldinho Gaúcho). As coisas não estavam tão diferentes assim, na partida que valeu pela 15° rodada deste nacional. Ainda tínhamos um ‘fio de esperança’ no Alvinegro, e um jogador com status de ídolo da torcida pelo Rubro-Negro.


Tínhamos. E tinha tudo para ser um novo espetáculo: aquele garoto de apenas 17 anos, Rodrygo, trajado com o número 43, me fazia recordar de um velho 11 prata da casa: a cada arrancada uma emoção. O garoto desfilava em campo. Dançava uma valsa onde a bola era seu par ideal. Ele provava que o Real Madrid não tinha errado com sua contratação.


Já pelo lado do Flamengo, Diego fazia do meio-campo a sua orquestra, a qual vinha comandando com maestria, e ensinava bem sua canção ao Lucas Paquetá. E apesar de ser um jogo onde o desespero tomava conta do Peixe - por estar próximo à zona de rebaixamento, ter acabado de demitir o treinador Jair Ventura, e ainda não poder contar com seus reforços -, a equipe chegava bem ao ataque.


Faltava organização, mas, no contraponto, não faltou raça na busca do empate, que logo veio em mais uma bela jogada do Neym...opa, Rodrygo - quem fez fila e rolou para o meio da área, onde surgia Gabriel, para completar para o gol e empatar.

ACRÉSCIMOS


+Já na 16° rodada do Nacional, o Santos flerta com a lanterna da tabela, na 16° posição, com 16 pontos. No sábado (4), o elenco visita o Botafogo, no Engenhão às 16h00 (de Brasília);


+O Flamengo lidera o campeonato, com 34 pontos - dois a frente do vice, São Paulo -, e tem como próximo oponente o Grêmio, em Porto Alegre, também no sábado, às 19h00.

SEGUE O JOGO


Tão bela fora aquela jogada, que o elenco santista se dividiu em duas pontas para comemorar: na esquerda, com Gabigol; na direita, com Rodrygo, quem deu “fôlego” para aquele empate.


Após os gols, ainda no primeiro tempo, mesmo não sendo um duelo recheado de tentos, feito o de 2011, não faltou ousadia para os dribles. Devemos enaltecer a bela atuação de ambas as zagas que fizeram uma boa partida, com poucas falhas, diferente daquele 5x4, no qual tivemos lances com falhas do setor defensivo. 


As chances seguiam sendo criadas igualmente, mas não com a mesma efetividade. Talvez isso não fosse de muito interesse dos 11.843 torcedores que estavam presentes na Vila Belmiro, na expectativa de mais um grande jogo - assim como eu -, característico das equipes.


No fim de jogo


Dado o apito final, eu não conseguia definir o meu sentimento.


Estaria eu comemorando o fato de que tiramos dois pontos do líder, ou lamentando que perdemos a chance ganhá-los, já que eram fundamentais naquela situação?!


A única coisa que senti, que observei, foi a diferença na estrutura do time. Aparentemente não estava tão organizado e dava sintomas de um elenco abalado pela situação que o clube vem enfrentando.


*Até porque se estivesse bem montado, como esperado, talvez não tivesse tomado um gol, logo aos dois minutos da primeira etapa.*


Mesmo desorganizado taticamente, entretanto, a vontade de ganhar e mostrar que o Santos de 2018 poderia lembrar o bom futebol apresentado no duelo de 2011 ficou clara em cada dividida que os jogadores participavam, em cada arrancada que acelerava o coração esperando o ‘gran finale’ como o balanço da grande meta.


Ficou claro que tinha poderia ser um grande duelo. Poderia ser aquele Santos, renovado.

Poderia, mas não foi.

コメント


©2018 by Acréscimos.

bottom of page