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Mudanças pelo caminho

  • Foto do escritor: Darcio Ricca
    Darcio Ricca
  • 4 de jun. de 2018
  • 3 min de leitura


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Como disse o defensor Marquinhos – em minhas palavras e argumentos - nenhuma seleção de grande porte e que disputa título termina o Mundial com seu time-base fixo e fechado, tão pouco com formação tática engessada.


A ideia de dois amistosos contra Croácia e Áustria é válida, apesar do ímpeto mais duro dos croatas ontem, em Liverpool.


Dois gols da vitória brasileira marcados por dois jogadores que estavam no banco: Neymar (retornando de complexa contusão) e Firmino (que não pode ser reserva do menino Gabriel Jesus).


Segundo tempo bem jogado, depois de um mau primeiro tempo!


O 4-2-3-1 de Tite, a quem ele atribui mais para um 4-1-4-1 de variáveis, sofreu uma forte pressão do bom time croata - este com chances de passar em primeiro em sua chave, mesmo com a Argentina - na saída de bola.


Exceção a Thiago Silva muito bem neste quesito ao lado de Casemiro; Fernandinho e Miranda foram os pontos negativos dentro da dificuldade de reinício de ações a partir do sistema defensivo brasileiro.


Fora esta preocupação, a saída de Thiago Silva por contusão, preocupa. Marquinhos entrou muito bem.


E atuação de Miranda liga o sinal de atenção, principalmente na melhor possibilidade de gol croata, no primeiro tempo, em cabeçada de Kramaric.


Miranda não só não interceptou o cruzamento, como ainda quase marcou contra. A ótima defesa do atento Alisson evitou o gol croata de abertura de placar.


Já Fernandinho, que havia atuado muito bem na cobertura a Paulinho (este não é homem de marcação!) contra a Alemanha, ontem foi muito mal, com o adicional de sua surpreendente dificuldade em sair para o jogo.


Mas, assim como Miranda, é possível a recuperação e reposicionamento. Futebol ambos tem para isso!


Paulinho teve um desempenho fraco, mesmo sendo amistoso. É inegável sua importância como jogador de força, meia-atacante que é, e é assim que deve ser utilizado!


E não na criação de jogadas, deixando o meio de campo com três ótimos jogadores que não atenderam, no primeiro tempo, às necessidades criativas e que quebrassem a competente marcação croata de suas linhas bem definidas, compactas e altas.


Um jogo que exigiu de Paulinho o que ele não pode entregar, não por esforço que é excepcional, mas por uma questão de melhores opções diante do que realmente encontraremos na Copa do Mundo na grande maioria das partidas, à medida que deveremos avançar no torneio. Assim como a Croácia, as outras grandes seleções jogarão assim contra o Brasil!


Por isso, e mais do que acrescentar em argumento e viabilidade, Paulinho tem que ser, como Douglas Costa, alternativa para o intervalo, diante do desgaste natural dos adversários ou mesmo em relação a outros parâmetros táticos que o dinamismo das partidas apresentarão. Daí o tal elemento-surpresa!


Porque não podemos abrir mão da criatividade de Coutinho (ontem mal diante das merecidas vaias dos torcedores dos Reds e de sua atuação mais pela esquerda no primeiro tempo), da injustiça em William (o melhor em campo ontem) ir para a reserva e de um recuperado Neymar retornando.


Este trio precisa jogar junto e não podemos abrir mão disso! Coutinho é o armador da equipe com apoio de todos, dentro da coletividade!


Já na frente, apesar de Firmino não ser mais um centroavante no Liverpool (é um ponta-de-lança), tem mais rodagem e apresenta melhores variáveis técnicas e táticas que o menino habilidoso e esforçado Gabriel Jesus.


Por conta disso tudo, pode-se (e deve-se!) formatar melhor o time da estreia e adequá-lo durante o Mundial, como disse o sensato Marquinhos!


Mas foi um bom segundo e promissor segundo tempo e Tite sabe sim sobre os seus erros e acertos e seguimos em frente!


E dois golaços! Neymar, que pintura! Firmino, que competência!


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