Metade do tempo belga
- Darcio Ricca
- 19 de jun. de 2018
- 2 min de leitura

A boa vitória belga por três gols diante dos estreantes e dedicados panamenhos foi construída somente no segundo tempo.
Na primeira etapa, a Bélgica - em seu 3-4-2-1 - teve muitas dificuldades com a surpresa panamenha atuando em seu 4-1-4-1 com uma linha final de até cinco jogadores à frente da área do bom goleiro Penedo.
Ao mesmo tempo em que os belgas atacaram com Hazard, Mertens e Lukaku na primeira parte, mesmo diante de um inicialmente apagado maestro De Bruyne; sofreram com alguns contragolpes do Panamá que avançava no espaço entre o meio e o ataque belga, criando problemas para sua defesa.
Não fosse a baixa qualidade de finalizações, os belgas teriam sofrido um gol ao menos.
Isto se deveu à lentidão do trio de defensores Alderweireld, Boyata e Vertonghen. O ala Meunier ficou perdido pelo lado direito defensivo. Witsel estava trabalhando muito isolado na marcação e Yannick Carrasco tendo que ajudar Vertonghen pela esquerda, subindo pouco ao ataque. Panamá tinha Murillo e Bárcenas infernizando pela direita.
Mas, apesar dos ataques belgas de boa quantidade na primeira etapa, foram apenas um chute de Hazard em grande defesa de Penedo, uma outra saída deste goleiro contra Lukaku e um corte de Torres antes de novamente Lukaku finalizar na hora H. Pausa para o intervalo, com os belgas devendo futebol no 0 x 0.
No segundo tempo o relógio das ações de ataque belgas funcionaram de forma precisa e sequencial.
Que começaram com a tranquilidade do golaço, de primeira, na veia e no alto, de Mertens.
Daí, com muita tranquilidade, Hazard passou a se movimentar melhor para que, finalmente, a habilidade e inteligência de De Buyne desfilassem.
Deve-se ressaltar que antes desta tranquilidade, os belgas, mais soltos no ataque, mostraram a fragilidade - em mais alguns momentos - de seu sistema defensivo. Panamá quase empatou com o lateral direito Murillo. Não fosse Courtois...
De Bruyne acalmou os ânimos com um corte no panamenho, levantada da bola de trivela e com curva na cabeça de Lukaku, para este ampliar, de peixinho.
Numa roubada de bola do próprio De Bruyne, saída rápida com Witsel, Hazard dá um lindo passe para Lukaku invadir a área panamenha e vencer o bom goleiro Penedo com um toque.
O Panamá - que não tinha nada a perder - se lançou ao ataque e causou sufoco em algumas investidas entre os gols belgas por conta dos espaços abertos entre o meio e defesa belgas, além da já citada lentidão, o que muito preocupa - e pouco se discute a respeito - nesta ofensiva equipe européia cheia de bons jogadores.
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