Lá não foi trabalho
- Darcio Ricca
- 21 de jun. de 2018
- 2 min de leitura

Modorrento, arrastado, preguiçoso, burocrático...
Não pretendo passar esta coluna com adjetivos tão significativos e significantes com a desculpa de preencher espaço com o relato ínfimo desta partida entre uruguaios e árabes de hoje.
Apequenada vitória da celeste e seu Luis Suárez marcando o gol, de oportunismo, aos 23 da primeira etapa. Péssima saída de gol do goleiro árabe Al Owais!
Poderiam parar por aí, mas não, havia de se cumprir com a obrigação de levar a partida para os 70 minutos restantes de trabalho. Trabalho?
Trabalho sim de assistir a um Uruguai pragmático e administrador de seu resultado favorável na maior parte do tempo contra uma Arábia Saudita de correria sem objetividade, por vezes fragilmente inocente.
Mas, aqui é trabalho, como diria o filósofo, e vamos a ele.
O 4-2-3-1 meio desorganizado árabe travou um duelo com um conservador 4-4-2 de Tabárez e novamente nas apostas erradas em Betancourt e Vecino, além da entrada de Cristian "Cebolla" Rodriguez. Futebol com pouca intensidade e criatividade.
Pouca inspiração da dupla de ataque Cavani e Suárez. Tabárez só mudaria para uma equipe mais interessante e ofensiva, sobretudo pelos lados do campo, no segundo tempo.
Uruguai fez um gol e gestão do negócio resultado. Pouco trabalho se deu!
E não é que o camisa 9 árabe Hatan deu um bom chute para boa defesa de Muslera? E o gol que perdeu logo em seguida, rifando a bola na frente do gol, em cruzamento da esquerda?
Pois é, quem diria que se dariam a este trabalho?
Suárez voltou ao trabalho, quer dizer, ao segundo tempo para cobrar ótima falta de longa distância com defesa espetacular de Al Owais. Isso aos 5 minutos... será que iria ter mais emoção? Doce ilusão!
Até porque Tabárez demorou muito para trabalhar a melhoria ofensiva do Uruguai de placar magro com Diego Laxalt e Lucas Torreira - duas jovens realidades animadoras - nos lugares de Matias Vecino e Cristian Rodriguez.
Se entrassem mais cedo, os uruguaios poderiam ter conseguido um placar final melhor, apesar de duas chances razoáveis, resultados destas alterações.
Mas, para não ter trabalho com os árabes, foi melhor segurar o jogo com Nahitan Nández que ousar com Cristhian Stuani!
Desanimador!
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