Grupo D, de DOSTOIÉVSKI, Fiódor
- Darcio Ricca

- 21 de mai. de 2018
- 5 min de leitura
Atualizado: 12 de jun. de 2018

Escritor, filósofo e jornalista do Império Russo. É considerado um dos maiores romancistas e pensadores da história, bem como um dos maiores "psicólogos" que já existiram (na acepção mais ampla do termo, como investigadores da psiquê).
Argentina, Islândia, Croácia e Nigéria
Argentina

O técnico argentino Jorge Sampaoli assumiu a seleção argentina pela primeira vez como um “salvador da pátria”; seleção esta ameaçada em sua classificação para o Mundial Rússia 2018, há 4 rodadas do término das eliminatórias... e em quinto lugar, na ocasião.
Argentina viveu um drama com treinadores anteriores, entre eles o “cantor de tango” Edgardo Bauza.
Evidente que o tempo de trabalho foi exíguo do vencedor e capacitado treinador até aqui, entretanto, nunca se deve subestimar a Argentina.
Arriscaria dizer que a situação dos hermanos lembra um pouco a incerteza da seleção brasileira pré-Copa 2002, guardadas as devidas proporções!
Mas, dentro do pano de fundo da realidade das quatro seleções postulantes a duas vagas, neste quase “grupo da morte”, a incógnita Argentina – com seus atacantes que marcaram tão poucos gols nos últimos jogos (exceto o hat trick classificatório de Messi ante o Equador na altitude) – possui chances equivalentes tanto de classificação quanto de eliminação.
Dentro de um altamente variado sistema tático de base 3-4-3, a Argentina ainda está refém de testes em posições por todos os setores do campo, dentro de um jogo coletivo que carecia e muito de execução, que diria harmônica!
A Argentina havia vencido a desclassificada Itália por 2 x 0 em amistoso, porém, alguns dias depois... o amistoso contra a Espanha, sem Messi em campo e presente nas arquibancadas poupado por contusão, teve requintes de crueldade na goleada sofrida ante a Espanha por 6 x 1. Deixou um ponto de interrogação ainda mais latente e preocupante!
Time-base do momento: Caballero; Mercado, Mascherano e Otamendi; Biglia, Banega, Lo Celso e Di Maria; Messi, Higuaín e Aguero.
A safra de goleiros argentinos já foi bem melhor, assim como as opções de elencos de outrora; mas Sergio Romero (reserva no Manchester United-ING do espanhol De Gea) dá conta, assim como Caballero (Manchester City-ING).
Nota de correção: após o fechamento desta coluna, goleiro Sergio Romero foi cortado por contusão, o que não invalida a análise de goleiros acima. Modificado apenas o time-base.
Nota de correção 2: o bom meia Manuel Lanzini (West-Ham-ING) foi cortado por cirurgia às portas do Mundial. O veterano Enzo Perez (River Plate-ARG) foi chamado para seu lugar.
A dupla de zaga Mercado (Sevilla-ESP) e Otamendi (Manchester City-ING) é boa e conta com o veterano Mascherano, que está no futebol chinês, depois de 8 anos vitoriosos no Barcelona-ESP.
Sampaoli fecha o elenco sempre com opções do futebol argentino, mas levou algumas estrelas do futebol europeu, para não contrariar a opinião pública, talvez.
Lucas Biglia (Milan-ITA) é o motorzinho do time, assim como o versátil Éver Banega (Sevilla-ESP) e que jogou com Sampaoli na Espanha.
E eles tem Lionel Messi, o diferenciado!
Entretanto, Mauro Icardi (Inter de Milão-ITA) não estão na lista dos 23. Paulo Dybala (Juventus-ITA) fica como opção ofensiva.
Ainda como boas opções, os defensores Federico Fazio (Roma-ITA) e Marcos Rojo (Manchester United-ING), o ala-esquerdo Marcos Acuña (Sporting-POR), o meia Eduardo Salvio (Benfica-POR) e o jovem atacante do Boca Juniors, Cristian Pavón.
Islândia

Debutante, coletiva, guerreira e uma geração recente que atrai a todos pela curiosidade no ineditismo “jeito viking de ser”, a Islândia amplia o horizonte da bola. Excêntrica e ao mesmo tempo conservadora em seu 4-4-2 de muita força física e disciplina.
Mesmo depois de seu desempenho como primeira de grupo nas eliminatórias europeias e uma chegada às quartas de final na Eurocopa 2016 (sendo batida pelos franceses em Paris depois!); é ainda vista como um “patinho feio” por muita gente... mas, cuidado!
Nas eliminatórias, em seu grupo I, classificou-se diretamente num grupo que tinha a própria Croácia - agora novamente (passou na repescagem depois) - Ucrânia e Turquia (de melhor retrospecto histórico e campeonatos locais bons), Finlândia e o recente Kosovo.
Com 7 vitórias, 1 empate, 2 derrotas e seus 16 gols marcados (maior do grupo ante os 15 gols croatas), mostrou amadurecimento ofensivo, numa evolução pós-Euro 2016. Sua única derrota foi justamente fora de casa contra a forte Croácia, alguns meses depois do dito campeonato europeu de seleções.
O que passou a preocupar foi a derrota, em casa, num amistoso contra o Peru por 3 x 1! Passou novamente para incógnita.
O conservador treinador Heimir Hallgrímsson, com apoio do experiente treinador sueco Lars Lagerbäck (a evolução vem partir daí) manda a campo o seguinte time-base – extraído da grande vitória fora de casa ante os turcos por 3 x 0:
Nota: o “copy-paste” do word ajuda em algumas letras diferentes!
Halldórsson; Sævarsson, Árnason, Ragnar Sigurðsson e Magnússon; Gudmundsson, Gylfi Sigurðsson, Gunnarsson (capitão) e Bjarnason; Finnbogason e Böðvarsson.
Maioria de atletas atuando no futebol britânico em geral, a saber:
Gylfi Sigurðsson (Everton-ING), a maior estrela!
Árnason (Aberdeen-ESC), Magnússon (Bristol City-ING), Gudmundsson (Burnley-ING), Gunnarsson (Cardiff-UK) e Bjarnason (Aston Villa-ING).
E outros dois na Europa: Finnbogason (Augsburg-ALE) e Ragnar Sigurðsson (Rostov-RUS).
Quando necessita segurar o resultado, “fecha a casinha” com o zagueiro Ingason (Rostov-RUS), sem deixar de contar com o meia Sigurjónsson (Grasshopper-SUI).
Croácia

Uma geração em seu final de fase desde a turma renovada de 2006 – frequente em Mundiais – país jovem na divisão da Iugoslávia.
Se todos os países que se separaram da Iugoslávia remontassem-se numa seleção única, com certeza seria uma das maiores potências do futebol atual, como já foi em outros tempos.
Como terminou entre os oito melhores segundos colocados da fase de grupos, e apesar de perder a vaga direta para a Islândia em sua oscilação na chave; ganhou o passaporte vencendo os gregos com autoridade.
Uma geração de bons e alguns ótimos atletas, a Croácia é forte candidata neste grupo, mas não terá vida fácil. Ela traz e recebe equilíbrio técnico em relação aos seus adversários.
Num esquema tático hoje tradicional 4-2-3-1 do jovem treinador Zlatko Dalić, atua um grande dupla: Luka Modrić (Real Madrid-ESP) e Ivan Rakitić (Barcelona-ESP).
Um ótimo goleiro, Danijel Subašić (Monaco-FRA) e o zagueiro experiente Dejan Lovren (Liverpool-ING) – que enfrentou a malandragem de Fred no pênalti inexistente em Itaquera 2014.
Apesar de jogarem algumas vezes com o centroavante Nikola Kalinić (Milan-ITA), é no experiente Mario Mandžukić (Juventus-ITA) que encontram desafogo na conclusão final das jogadas, além das boas descidas do lateral Šime Vrsaljko (Atlético de Madrid-ESP).
Time-base: Subašić; Vrsaljko, Lovren, Vida e Strinić (Sampdoria-ITA); Rakitić e Kovacic (Real Madrid-ESP); Kramarić (Hoffenheim-ALE), Modrić e Perišić (Inter de Milão-ITA); Kalinić (Mandžukić).
Vale destacar ainda os meias Marcelo Brozović (Inter de Milão-ITA) e Nikola Vlašić (Everton-ING) e o atacante Ante Rebić (Eintracht Frankfurt-ALE).
Muitos atletas no futebol italiano!
Seleção que vem para brigar por vaga!
Nigéria

O melhor africano entre os 5 classificados.
Embora seja essencial deixar registrado que a geração dos anos noventa foi muito, muito superior.
A Nigéria renasceu após a bem mediana campanha em 2014. E como cruzam com a Argentina em sorteios de Copa do Mundo!
Os 4 x 0 sobre a seleção de Camarões mostraram a força máxima do futebol da seleção nigeriana, levando-a a se tornar um forte adversário neste grupo equilibrado.
O treinador alemão Gernot Rohr vai também de 4-2-3-1 de esquema tático base.
Mesmo agora no futebol chinês, a grande estrela é o meia Obi Mikel, que conta com a ajuda de seu ex-parceiro de Chelsea-ING Victor Moses (ainda no time inglês de Antonio Conte).
Além destes, a ofensividade nigeriana conta com o bom atacante Kelechi Iheanacho (Leicester-ING), o jovem extrema Moses Simon (Gent-BEL) e o centroavante Odion Ighalo, apesar de também atuar no futebol chinês.
Apesar do bom meia defensivo Wilfred Ndidi (Leicester-ING), este sistema oscila muitas vezes, ao contrário do bom ataque que possui, mesmo com o apoio do meia Ogenyi Onazi (Trabzonspor-TUR).
Time-base: Ezenwa; Shehu, Olaoluwa Aina, Balogun e Elderson; Ndidi e Onazi; Moses, Obi Mikel e Simon; Iheanacho.
Ainda tem opções como o já bem conhecido atacante Ahmed Musa (CSKA-RUS) e o meia defensivo Mikel Agu (Porto-POR).





Muito obrigado Eliana!
Ficou muito legal a página, Darcio. Parabéns a vocês!
Gostei da ideia de vincular as letras dos grupos de times a nomes de escritores!
Sucesso!