Grupo C, de CATARINA II (a Grande)
- Darcio Ricca

- 19 de mai. de 2018
- 4 min de leitura
Atualizado: 4 de jun. de 2018

Catarina subiu ao poder após uma conspiração que depôs o seu marido, o czar Pedro III (1728 – 1762), e o seu reinado foi o ponto alto da Nobreza Russa. Apesar das amizades de Catarina com os intelectuais do Iluminismo na Europa Ocidental (em particular Denis Diderot, Voltaire e Montesquieu), a imperatriz não achava prático melhorar as condições de vida dos seus súbditos mais pobres que continuavam a sofrer (por exemplo) de conscrição militar.
França, Austrália, Peru e Dinamarca
França

Na melhor geração pós Kopa, Platini e Zidane; principalmente do meio-campo para frente, os franceses, treinados pelo ex-jogador Didier Deschamps (desde o Mundial de 2014 no Brasil e daí talvez um pouco abaixo da força de seu elenco disponível), chega à Rússia como uma das favoritas ao título.
Basicamente apoiada num sistema 4-3-3, ainda busca uma formação titular diante das opções que possui, incluindo formatação tática principal e variáveis.
Reflexo disso está num time-base atual em que atletas como Kanté, Lemar, Tolisso, Varane, Giroud e Matuidi passaram para condição de titulares, mesmo diante do expressivo 4 x 0 ante os holandeses nas Eliminatórias, o que começou a trilhar a desclassificação da terceira colocada do último Mundial com sua geração em renovação.
Time-base: Lloris; Sidibé, Varane, Umtiti e Mendy; Tolisso (Kanté), Pogba e Matuidi (Lemar); Griezmann, Giroud e Mbappé. Parece esta ser a formação base momentânea.
Destaque para o experiente goleiro LLoris (Tottenham-ING), o ótimo zagueiro Varane (Real Madrid-ESP) – destoa dos outros defensores – o meia Tolisso (Bayern de Munique-ALE), a estrela Paul Pogba (Manchester United-ING – muito afastado por contusões sérias), polivalente Matuidi (hoje na Juventus-ITA mais para compensar o caixa financeiro com a vinda de Neymar ao PSG-FRA) e o poderoso trio ofensivo com Griezmann (já foi terceiro melhor do mundo – Atlético de Madrid-ESP), Giroud (Chelsea-ING) e a sensação, o chamado “novo Henry”, Mpappé (PSG-FRA).
Um dos favoritos ao título ainda conta com o meia-atacante Kanté (Chelsea-ING), o habilidoso e forte Lemar (Monaco-FRA), o veloz Dembelé (Barcelona-ESP) e o goleiro revelação Aréola (PSG-FRA).
Time para chegar em semifinais, podendo eventualmente cruzar com o Brasil, seu “freguês histórico”.
Austrália

Candidata a última colocada do grupo, uma vez que a segunda vaga deverá ser disputada por peruanos e dinamarqueses, a Austrália atuava num 3-5-1-1 treinada por um grego, Ange Postecoglou, com passagens significativas pelo futebol japonês, porém, sem expressão.
Entretanto, o veterano treinador holandês Bert van Marwijk, assumiu esta seleção e deve implantar um tradicional 4-2-3-1, a conferir.
Antes de Marwijk, a Austrália era uma equipe bem fechada, e também bem modesta, optante por contra-ataques e, sobretudo, bolas alçadas na área. Talvez a mais fraca Austrália desde quando passou a disputar – e se classificar direto – pelas eliminatórias asiáticas.
Com atuações no futebol inglês e, hoje sem clube, o veterano (38 anos) centroavante Tim Cahill é o mais famoso expoente da equipe, o que sua presença na lista dos 35 pré-convocados causou significativa polêmica. Jogou apenas 60 minutos neste ano.
Além dele, destacam-se o meia Rogic (Celtic-ESC), os alas (chuveirinhos na área) Brad Smith, (esquerdo, Bournemouth-ING) e Mathew Leckie (direito, Hertha Berlin-ALE) e o goleiro Ryan (Brighton-ING).
Como opção o meia Irvine (Hull City-ING).
Um monte de grandalhões espalhados pelo mundo, com força de time de rugby!
Peru

O ex-atacante argentino Ricardo Gareca conseguiu, como treinador, classificar o Peru 36 anos depois de sua última participação na Copa da Espanha em 1982. Tornou-se um dos melhores treinadores sulamericanos atuais.
Classificação no sufoco, na repescagem ante neozelandeses, mas chegou, mesmo diante da impossibilidade em contar, por suspensão de doping ante a seleção oceânica, com Paolo Guerrero (Flamengo-BRA). Seu recurso não foi aceito e, infelizmente, não irá à Rússia 2018: uma vergonha!
Nota de correção 1: felizmente a FIFA voltou atrás e Paolo Guerrero disputar a Copa do Mundo 2018. Decisão do início de junho, o camisa 9 retornou em amistoso ante a Arábia Saudita (que também irá ao Mundial), marcando 2 gols na vitória por 3 x 0 dos peruanos.
Num 4-2-3-1 bem seguro, costuma fazer bons jogos contra seus rivais sulamericanos e tem o bônus de ter a formação-base junta há muito tempo.
Time-base: Gallese; Corzo, Ramos, Rodriguez e Trauco; Tapia e Yotún; Carrillo, Cueva e Flores; Guerrero.
Nota de correção 2: O atacante Raul Ruidiaz (Monarcas-MEX) seria o centroavante imediato a assumir o posto de Guerrero, caso a principal estrela peruana não pudesse ir à Russia; o que não ocorreu, com a devida correção de injustiça à luz do camisa 9 peruano.
De destaque, a boa fase do goleiro Gallese (Veracruz-MEX), lateral-esquerdo Trauco (Flamengo-BRA – dividindo opiniões), volante Tapia (Feyenoord-HOL), o dedicado ex-vascaíno volante Yotún (Orlando City-EUA), bom meia Carrillo (Watford-ING) e o bom, mas polêmico e irresponsável meia Cueva (São Paulo-BRA).
O volante Miguel Araujo (Alianza Lima-PER) é mais um com boa postura defensiva.
Gareca tem o time na mão, bom estrategista e plano de jogo bem definido. Briga por vaga em segundo.
Dinamarca

Foi na repescagem contra a boa seleção da Irlanda que a Dinamarca conseguiu, sobretudo no segundo jogo em Dublin, vencer por sonoros 5 x 1 e confirmar seu time-base em evolução.
Oscilou muito nas Eliminatórias, mas encontrou um caminho no seu plano tático 4-2-3-1, igual aos peruanos de seu grupo.
De treinador holandês sem muita notoriedade, Age Hareide possui bons jogadores, mas bem inferiores à geração da “Dinamáquina” dos anos 80 e 90.
Time-base: Kasper Schmeichel (sim, filho da lenda Peter Schmeichel, atua no Leicester-ING); Christensen, Kjaer, Bjelland e Larsen; Kvist e Delaney; Poulsen, Eriksen e Sisto; Jorgensen.
Destaque para o bom lateral-direito e artilheiro Andreas Christensen (Chelsea-ING), zagueiro Simon Kjaer (Sevilla-ESP), o camisa 10 Christian Eriksen (Tottenham-ING) e o meia-atacante Yussuf Poulsen (RB Leipizig-ALE).
Tem uma novidade: o primeiro titular negro, o meia ugandense Pione Sisto (Celta de Vigo-ESP).
O veterano centroavante Niklas Bendtner (hoje no Rosenborg-NOR) faz sombra a Jorgensen (Feyenoord-HOL).
Equipe que possui muita velocidade ofensiva, mas que, assim como o Peru – seu adversário direto – deixa um pouco a desejar no sistema defensivo e de recomposição.
Luta direta com Peru.





Bem engraçado, Domingos! Obrigado por acessar, curtir e comentar no canal!
Desejo um ótima Copa ao Cueva e que ele fique por lá (Russia) !!!!