E lá vamos nós!
- Darcio Ricca
- 3 de set. de 2018
- 4 min de leitura

Após um período de recesso – leiam-se férias – das resenhas do Mundial da Rússia 2018, estamos de volta a esta indústria vital, embora seja a primeira vez que acontece de uma comissão técnica de seleção brasileira ter continuidade de trabalho.
Porque, no geral, foi um bom trabalho e que necessita de tempo maior para dar resultados melhores, sobretudo em nova meta máxima de título no próximo ciclo, Qatar 2022.
Derrota diante dos belgas por conta tanto de acasos do futebol (vudu é pra jacu!) quanto dos alertas sobre esquemas táticos e algumas escolhas que apontavam erros que poderiam custar caro ao longo do certame. Se tivessem se comunicado, isto não teria acontecido.
Tomarmos cuidado com o endeusamento tanto de atletas, como de comissão técnica: um dos inúmeros sintomas de nosso processo “seteanúnico”.
Cooooorta! Corta esta tristeza, vamos começar tudo de novo!
E agora, diante dos dois amistosos ante Estados Unidos (07/09) e El Salvador (11/09), uma nova convocação foi feita por Tite e seus colaboradores, detalhada.
Marche, aaaaeeeeee!
Goleiros:
Alisson (Liverpool-ING): foi contestado no Mundial 2018 como titular. Apesar da regularidade, segue com a confiança de Taffarel. Passou a ser desconsiderado por mim porque já teve seu teste de fogo e não foi dentro do esperado.
Neto (Valencia-ESP): Deveria estar na lista dos três nomes na Rússia. Justo retorno.
Hugo Souza (Flamengo-BRA): o menino de 19 anos da sub-20 é uma grande promessa e tem falhas normais por conta da idade. Convocação nonsense.
Minha lista: Grohe, Neto (concordância) e Ederson.
Laterais:
Fabinho (Liverpool-ING, antes Monaco-FRA): versátil, um erro corrigido de 2018. Utilíssimo na lateral, na defesa e no meio-campo. Deve ser titular.
Militão (agora no Porto-POR, antes São Paulo-BRA): grata surpresa e boa aposta. Pode atuar de lateral ou de zagueiro. O cortado Fagner (Corinthians-BRA) nunca teve minhas predileções, ainda mais porque fez apenas o básico em 2018 com o corte de Daniel Alves e contusão de Danilo.
Estaria Tite pensando no 3-4-3? Torço para que sim!
Alex Sandro (Juventus-ITA): mais uma da lista de injustiçados de 2018. Também versátil, pode se encaixar perfeitamente num 3-4-3.
Filipe Luís (Atlético de Madrid-ESP): substituto de Marcelo (não deve ter condições em 2022 por conta da idade, a não ser que, finalmente, possa atuar no meio-campo!). Dentro do esperado.
Minha lista: a mesma.
Zagueiros:
Thiago Silva (PSG-FRA): Mundial impecável em 2018, porém, pouco apoiado pela maioria dos torcedores. Com a saída de Miranda (outro de ótima atuação na Rússia!), deverá fazer dupla com Marquinhos, seu parceiro no clube francês.
Felipe (Porto-POR): corretíssima. Poderia ter estado em 2018, mas não havia lugar.
Dedé (Cruzeiro-BRA): apesar do retorno de seu bom futebol – acreditava-se que estaria já em 2014 – a ausência de Geromel (Grêmio-BRA) apenas relacionado como suplente em 2018, foi uma escolha questionável.
Minha lista: Thiago Silva, Marquinhos, Felipe (concordância) e Geromel.
Meio-campo e ataque:
Casemiro (Real Madrid-ESP): absoluto, porém, precisa controlar a ansiedade para não levar cartões sem necessidade, o que o tirou do jogo contra a Bélgica. Podemos colocar na conta uma sobrecarga de marcação do esquema tático de 2018, uma vez que Paulinho foi peça quase nula – como de se esperar – na recomposição defensiva da equipe. Faltou apoio ao camisa 5, um dos melhores do mundo na posição.
Arthur (Barcelona-ESP): a maior ausência de 2018. Finalmente!
Fred (Manchester United-ING): banco em 2018, pode ser uma boa opção para criação, uma vez que atua de uma intermediária a outra, como Arthur.
Philippe Coutinho (Barcelona-ESP): o melhor brasileiro em 2018, mas com uma atuação insegura e afobada contra os belgas. Perdeu um gol incrível no segundo tempo do jogo que desclassificou o Brasil. Terá nova e merecida chance.
Lucas Paquetá (Flamengo-BRA): também versátil e criativo. Grande aposta!
Andreas Pereira (Manchester United-ING): o belga naturalizado brasileiro. Uma aposta que deveria ter acontecido há algum tempo. Chamaram para evitar que os belgas o convocassem, ainda mais diante de seu crescimento tático e estilo de jogo bem dinâmico e ofensivo.
William (Chelsea-ING): nova chance, depois de um Mundial de bons e maus momentos. Merece a confiança.
Douglas Costa (Juventus-ITA): essencial. Por conta de seu estilo de jogo, tem lesões freqüentes. Foi importante no último Mundial, quando entrava no segundo tempo. Seria meu titular no lugar de Neymar, que eu nem levaria por enquanto.
Éverton (Gremio-BRA): numa seleção de versáteis e polivalentes, mais uma boa aposta. Talentoso!
Firmino (Liverpool-ING): não foi titular em lugar do fraco desempenho de Gabriel Jesus porque Tite o colocava como opção. Camisa 9 moderno.
Richarlison (Everton-ING): garoto do Fluminense-BRA que foi tentar a sorte no Watford-ING, foi muito bem e acabou sendo contratado por clube de maior expressão no campeonato nacional mais forte do planeta. Companheiro do veterano Rooney, uma ótima escolha em lugar tanto de Pedro (garoto de mesmo clube carioca contundido) quanto de Gabriel Jesus, mais badalado.
Neymar (PSG-FRA): precisa de uma “geladeira” para amadurecer e provar, no campo, que está pronto para voltar. Jogador brilhante, mas de baixa inteligência emocional, além de estar mais do que na hora de cuidar de sua carreira sem interferências prejudiciais comprovadas ao longo do tempo.
Minha lista: Casemiro, Arthur, Fred, Philippe Coutinho, Paquetá, Andreas Pereira, William, Douglas Costa, Firmino, Éverton e Richarlison (concordância). Bruno Henrique (Palmeiras-BRA).
Boa convocação, exceção aos goleiros e Neymar.
Será que nunca teremos profissionais da área de psicologia, fundamentais desde o início?
Eu vou ver o psis...qui...eu vou ver o doutor!
Mas, podemos apostar num bom trabalho, que precisa ser mais acompanhado.
E, nós, por aqui:
Siga aquela carroça, siga aquela motoca, siga aquele chinesinho, siga...
Comments